quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

o rio de janeiro continua, sendo.

hoje eu vivi uma experiência (quase) única.
assalto em ônibus.
digo quase porque uma vez eu fui assaltada com uma amiga. inexperientes que éramos pegamos um ônibus totalmente duvidoso e sentamos no penúltimo banco. estava ao ponto de ser cômico, eu pedi meu chip de volta pro assaltante e a minha amiga primeiramente negou que tinha um celular. foi sorte, ela tinha carteira e outras coisas na bolsa e eu tinha meu ipod e câmera digital na mochila e no fim ficamos só sem celular e sem chip.
hoje foi diferente, primeiro porque eu não fui de fato assaltada, segundo que foi mais sério.
eu sempre sento nos primeiros bancos, ouço minha música e sigo minha vida "feliz" até o trabalho, hoje não teria sido diferente até o momento que eu escutei um grito "ladrão, ladrão" e olhei pro lado e as mulheres perto de mim estavam no chão. estávamos no meio da nossa senhora de copacabana, nove e meia da manhã e o sujeito não perdoou. o ônibus tava parado, e eu não sei se vocês repararam mas copacabana está cheio de pm's nas esquinas ultimamente, então quando tirei o fone e olhei pra trás tinha uns 5 pm's entrando de pistola e gritando com o sujeito. é engraçado que a reação de quem faz merda é sempre a mesma em qualquer situação; nega. a única coisa que eu ouvi antes de dar a minha abaixadinha no banco, como todo o resto do ônibus, foi ele falando "eu não sou ladrão, não sou", a conhecida esquizôfrenia pós "me dei mal".
algumas pessoas - mulheres claro, são sempre elas que soltam esse tipo de comentário - falaram; "eu já tinha percebido logo quando ele entrou" e a trocadora jurou que o mesmo sujeito tava perambulando pelas ruas desde cedo assaltando um monte de gente. vai saber.
o que eu sei é que foi tenso, e basta qualquer coisa dessas acontecer pra gente achar que vai morrer e querer ligar nos 5 minutos seguintes pra todas aquelas pessoas que a gente quer deixar uma última mensagem.
mas passou. não morri, não liguei e segui pro trabalho, com mais medo do meu chefe não perdoar meu atraso pelo ocorrido do que pelo fato em si.
enfim, como qualquer carioca que se preze sei que tá mesmo na hora dos assaltos se intensificarem, afinal o rio de janeiro continua sendo a terra do carnaval e todo mundo quer se divertir.

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