quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

desempregada.

porque mesmo quando as coisas parecem boas a gente tem uma vontade danada de arriscar? deve ter algo a ver com adrenalina, tensão, sei lá, qualquer coisa assim, só sei que de vez em quando a gente tem que jogar tudo pro alto, dar a cara pra bater.

me demiti.

pensei algumas vezes nisso, em como fazer, em como algumas coisas a ver com o meu trabalho me remetiam ao passado e quando menos esperei que fosse fazer, fiz.
é engraçado mas triste. me deu uma baita sensação de desistente, e só por isso dá vontade de voltar, mesmo sabendo que não é o melhor. o bom é que todo término pede um recomeço, e quando a gente menos espera tá projetando coisas, antes, inimagináveis.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

se fosse.

se fosse filme, seria do almodovar.
se fosse um presidente, o chavez.
se fosse música, da bjork.
se fosse arte, pablo picasso ou dali.
se fosse feriado, carnaval.
mas é futebol, então é flamengo.

absurdo. surreal. cômico. trágico. sem noção.
resende 3, flamengo 1.
e como o que tá ruim, sempre pode piorar, experimenta ver isso ao vivo num dia de mais de 35º graus no maracanã em sábado de carnaval.

carnaval (2)

o que mata é a vontade.

carnaval.

é carnaval.
podem fazer o que quiser.
agora só voltam a te julgar na quarta-feira de cinzas depois de meio dia.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

o rio de janeiro continua, sendo.

hoje eu vivi uma experiência (quase) única.
assalto em ônibus.
digo quase porque uma vez eu fui assaltada com uma amiga. inexperientes que éramos pegamos um ônibus totalmente duvidoso e sentamos no penúltimo banco. estava ao ponto de ser cômico, eu pedi meu chip de volta pro assaltante e a minha amiga primeiramente negou que tinha um celular. foi sorte, ela tinha carteira e outras coisas na bolsa e eu tinha meu ipod e câmera digital na mochila e no fim ficamos só sem celular e sem chip.
hoje foi diferente, primeiro porque eu não fui de fato assaltada, segundo que foi mais sério.
eu sempre sento nos primeiros bancos, ouço minha música e sigo minha vida "feliz" até o trabalho, hoje não teria sido diferente até o momento que eu escutei um grito "ladrão, ladrão" e olhei pro lado e as mulheres perto de mim estavam no chão. estávamos no meio da nossa senhora de copacabana, nove e meia da manhã e o sujeito não perdoou. o ônibus tava parado, e eu não sei se vocês repararam mas copacabana está cheio de pm's nas esquinas ultimamente, então quando tirei o fone e olhei pra trás tinha uns 5 pm's entrando de pistola e gritando com o sujeito. é engraçado que a reação de quem faz merda é sempre a mesma em qualquer situação; nega. a única coisa que eu ouvi antes de dar a minha abaixadinha no banco, como todo o resto do ônibus, foi ele falando "eu não sou ladrão, não sou", a conhecida esquizôfrenia pós "me dei mal".
algumas pessoas - mulheres claro, são sempre elas que soltam esse tipo de comentário - falaram; "eu já tinha percebido logo quando ele entrou" e a trocadora jurou que o mesmo sujeito tava perambulando pelas ruas desde cedo assaltando um monte de gente. vai saber.
o que eu sei é que foi tenso, e basta qualquer coisa dessas acontecer pra gente achar que vai morrer e querer ligar nos 5 minutos seguintes pra todas aquelas pessoas que a gente quer deixar uma última mensagem.
mas passou. não morri, não liguei e segui pro trabalho, com mais medo do meu chefe não perdoar meu atraso pelo ocorrido do que pelo fato em si.
enfim, como qualquer carioca que se preze sei que tá mesmo na hora dos assaltos se intensificarem, afinal o rio de janeiro continua sendo a terra do carnaval e todo mundo quer se divertir.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

sobre uma loucura constitucional (2)

esse título, infeliz e ironicamente, leva esse dois devido a um post feito numa segunda-feira, dia 5 de janeiro desse ano.
vale a pena vasculhar ali o arquivo pra ver o porquê.

eu disse que ia render.

vounaovou? (2)

não fui.
fiquei em um daqueles dias que o fazer nada parece tão encantador que dá vontade de se mudar pra um interiorzão e nunca mais voltar.
peguei uma boa overdose de filmes na tv, vi coach carter - aquele que você já viu vários pedaços mas nunca consegue ver todo -, ligeiramente grávidos - do tipo que você odeia confessar que chorou de rir - e um bom ano; e esse post é dedicado àqueles que não tem a mesma visão fechada dos críticos americanos, que malharam tanto esse último que se eu tivesse lido as críticas antes era capaz de nem querer ouvir o nome do filme. nem preciso dizer que lá, foi um fracasso de bilheteria.
o filme é gostoso de ver, não chega a ser denso mas também não cai no clichezão máximo.
a atuação do russel crowe tá impecável, apesar de eu ter que confessar que sou fã de personagens cheios de trejeitos e afetações. pra completar, é passada em toda a antiga - e deliciosa - combinação de rivalidade entre a Inglaterra e a França, o resultado é um filme com algumas boas lições - ainda que a gente já saiba - de relações humanas e o valor das coisas simples da vida. vale - muito - a pena ver.

ficaadica: estreiou esse final de semana no telecine, então deve passar direto na programação agora.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

vounãovou?

eu vou, é melhor ir.
não sei, talvez seja melhor ficar em casa.
mas é sábado, você trabalhou a semana toda, depois vai se arrepender.
hm, mas um banho quente agora.
mas pô, todos seus amigos vão, é quase carnaval.
ah, dane-se, carnaval nem é tão legal assim.
mas é sábado.
mas um filminho.
é sábado.
você saiu ontem, aliás nem deveria.
é sábado.
dane-se, decidi, não vou.
vou.
não vou.
vou.
não.

(continua eternamente).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

fora de área.

tem uns dias que a gente acorda e tá totalmente desligado da vida real, hoje eu tava num desses.

me imaginei chegando com um bigode enorme no trabalho
me demitindo por um motivo idiota, como não gostar da cor das paredes ou da disposição dos móveis
imaginei o mestre dos magos dirigindo um ônibus, e enquanto estava andando de carro transformei o asfalto naquela fase da peach de arco-íris no mario kart, vocês lembram? era bem pentelha. até cogitei a possibilidade de fazer: mario kart o filme, com o meu irmão, imagina aquele monstro que andava na pista com uma boca enorme aberta atrapalhando os carrinhos de karts no meio da rua? ou então você tirando 3 cascos vermelhos pra andar num dia de trânsito?
pensei em quanto eu preciso de um nintendo 64, nenhum outro videogame despertou um sentimento desses em mim.
é engraçado as coisas que a gente imagina quando não tem nada pra pensar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

planob.

mas não é que você esteja mal, não, não é isso. as pessoas não entendem, elas não podem te ver quieta sem que pensem que há algo de estranho no ar, elas sempre acham que conhecem você, querem ouvir sua história, querem opinar, e você até pode querer contar, mas sabe que no minuto que começar, vai se arrepender, porque é sempre assim, e você sabe disso. mas você ensaia um começo, e com a mesma rapidez um julgamento e um conselho. e você ouve isso toda hora, é quando está insatisfeito com o trabalho, quando está de saco cheio da faculdade, puto com os amigos, a verdade é que tá todo mundo no automático, e elas vão fazer qualquer coisa pra continuar nele. e acreditem, não perguntem nem peçam conselhos a não ser que realmente queiram, porque em geral, todos, todos, tem alguma coisa pra te falar.

e não é tristeza, nem raiva, é ausência de sentimento por algumas coisas que deveriam ser tão importantes, e um descontrole de sentimentos por outras coisas. o que é, é, você não pode culpar ninguém por isso, o problema é o que você vai fazer com tudo o que sobrou, com toda aquela caixa de coisas que você não queria revirar, e agora tá gritando seu nome. você tem vontade de ligar, e falar coisas que nunca falou, de escrever cartas que você nunca vai enviar e todo aquele tipo de coisa que em dias, semanas, meses vai estar totalmente aquietado na memória.

a vontade é de arrumar uma mochila; pegar um livro - um só, algum aleatório, pra te obrigar a criar um vínculo com algo inesperado mesmo - uma máquina - de filme, pra ter surpresas depois - uma meia dúzia de roupas - de preferência as confortáveis e não as que a gente se aperta pra ficar mais bonito e se mandar. zero celular, zero acúmulo de informações, zero tecnologia forçada, zero. exatamente isso, ausência. imaginou? uma casa de madeira, tanto faz numa praia ou num campo, uma cama confortável, e você, com você mesmo. pode ser numa cidadezinha também, com poucas pessoas, daquelas cheias de história pra contar. um diário pra isso seria perfeito, mas diário acaba virando obrigação, e tudo que é importante, de um jeito ou de outro, tá fixo na memória. então segue. vai. racionalizar te paralisa.

e não espere nada, porque não esperam nada de você.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

iwonderwhy

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u501989.shtml

ouvi isso na rádio e confesso que não fazia idéia que era hoje.
é impressionante como a guerra chega tão mais rápido nos nossos ouvidos.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

flamengo meu (2)

voltando para a série de comparações de paixões, time com certeza é a mais idiota delas. é a representação máxima do amor e ódio andando lado a lado. paixão cega e ódio doentio, ou ao contrário, tanto faz, de qualquer maneira a consequência é a mesma.
o fato é que meu time (e aí a gente usa o pronome possessivo com gosto) tá nas semifinais, e aí novamente vira paixão, ela pode te dar o mínimo, que já é o suficiente pra te inebriar. isso claro, até você voltar a ficar com ódio de novo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

o dia.

hoje eu me senti foda. a sensação que eu senti hoje pode se comparar a pouquíssimas sensações na vida.
acredite, é aquele tipo de sensação que vem com coisas muito específicas, e que apesar de não ter tanto valor pra massa sempre dá uma puta inveja quando você vê se concretizar no outro.
é algo que pode se descrever como quando você - que sempre senta no fundo - consegue tirar uma nota maior do que o nerd da primeira carteira, ou quando você compra um livro muito barato e depois um amigo diz que comprou pelo dobro do preço (ah, admite, você adora), ou quando aquela garota que você odeia volta do intercâmbio 10 kg mais gorda, sabe? (essa se compara a sensação que os garotos que eram os excluídos e estranhos pegam a mulher mais gata da night e os "so called" populares veêm) enfim, é a sensação que te deixa bempracaráleo e dificilmente você consegue descrever sem usar palavrão.

como aposto que agora todos estão se sentindo levemente nostálgicos com a descrição posso começar a narrar o ocorrido.

de manhã mudando as coisas de uma bolsa pra outra vi o guarda-chuva no fundo, e olhei pra janela, vi aquela bola de fogo e lembrei daquelas sabedorias de avó; "melhor prevenir do que remediar", então, levei. fui pro trabalho, um calor que parecia que o diabo estava assoprando na cidade com um sorriso irônico. passaram-se as horas, 6 horas da tarde, fui embora, e aí começou.

vi o tempo meio estranho, uns ventos esquisitos, mas ao mesmo tempo, muito, muito abafado, daí, aconteceu; uma pequena gota inaugurou e depois um pé d'àgua sinistro acompanhou, todo mundo correndo pra debaixo das marquises, caras de revolta, uns e outros levando chuva na cara e um pequeno caos se instaurou nas ruas - mal pavimentadas - de botafogo. aí, o clímax, eu retirei, lentamente, meu guarda-chuva da bolsa, e nessa hora, senti uma inveja parecida da que o frodo sentiu quando colocou o anel, foi fo-da! eu era a única - sério, sem exageros pra deixar a história mais interessante - com um guarda-chuva, a única andando seca e tranquila naquele momento, e ali, bem ali eu pensei "hoje, é O dia" e dane-se que depois eu percebi que estava de sapatilha de camurça, ali, bem ali eu fui o cara de que dá bem em cima do nerd, o da pechincha do livro, a amiga invejosa realizada e o cara que pega a mulher mais gata da night.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

sem assunto

quando você gosta, você olha duas vezes.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

planeta bizarro.

top do planeta bizarro do g1 da globo.com
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL974501-6091,00-BODE+E+PRESO+ACUSADO+DE+TENTAR+ROUBAR+CARRO+NA+NIGERIA.html
acontece sem-pre comigo. eu tô no trabalho, meu chefe tá me procurando, e pf, virei uma cadeira giratória.

feitiçaria? é tecnologia.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

flamengo meu.

futebol é como qualquer outra paixão, depois de uma decepção fulminante a gente jura que nunca mais embarca em uma. bem como precocemente prometido, precocemente a gente se vê totalmente envolvido e gritando gol.
ora pelas paredes, ora pela janela do quarto, o êxtase na paixão e no futebol tem o mesmo som e gosto.

e se?

e se você subitamente se der conta que talvez não tenha aptidão pra ter alguém?

comunique-se.

pra mim, se comunicar, sempre foi aquilo de se fazer entender. não importando as convenções, no fim das contas o que realmente sempre foi fundamental é que a outra pessoa consiga captar aquilo que você está transmitindo. mas, será? estive pensando em até que ponto eu me sinto satisfeita em que a outra pessoa somente entenda o que eu estou falando e pare por aí.

em todos os significados da palavra comunicação tenho por mim que o ideal não é só que a pessoa te entenda, como ela consiga te acrescentar alguma coisa. não que todas as pessoas tenham algo a acrescentar, ou mesmo queiram, mas mais importante do que se fazer entender através de palavras, gestos ou qualquer coisa que o valha é conseguir tocar a outra pessoa a ponto que ela sinta-se estimulada a participar tanto quanto você desse teatro comunicativo.

é raro, acreditem. tentem aplicar isso no dia-a-dia e percebam quantas pessoas ligam o automático enquanto você fala, ou até aquelas que não ligam o automático, reparem que elas – ainda que não tenham nada a acrescentar, por vezes por falta de base mesmo – estão totalmente desinteressadas.

comunicação só é comunicação se for através de troca, não tem a menor graça se você está sozinho, e a troca não é A fala, B escuta, é A fala/estimula/toca e B absorve e fala/estimula/toca A.

então seguindo a linha do outro post onde citei um trecho da Martha Medeiros, ofereça algum resultado pro outro, que a troca é garantida.